Mulheres na Construção Civil: Grandes personalidades, tendências e mudanças!
Elas chegaram, fincaram estacas no canteiro e mudaram o cenário da construção civil. Mostraram que todo dia é Dia da Mulher, porque não existem espaços que não possam ocupar, nem tarefas que não consigam cumprir.
Os tempos de supremacia masculina ficaram para trás, apesar de haver uma maioria significativa de homens, entre os trabalhadores do segmento, eles convivem agora com mulheres, que superaram as barreiras do preconceito e da desigualdade de gênero, e abriram novas perspectivas e possibilidades de trabalho e realizações.
A diversidade verificada no staff das construtoras, além de indicar uma transformação cultural profunda, na nossa sociedade, cria novas dinâmicas e mudanças de olhar, que contribuem para a evolução de toda a cadeia produtiva implicada no mercado imobiliário.
O Dia da Mulher é um momento oportuno para confirmar o número crescente de mulheres que buscam qualificação nessa área, não apenas nas formações de arquitetura e engenharia, como também nas formações técnicas. Existem mulheres pedreiras, carpinteiras, encanadoras, eletricistas, pintoras, técnicas em edificações, segurança do trabalho e m todas as atividades profissionais que, de certa forma, orbitam a construção civil.
Em todos os segmentos do mercado de trabalho, a presença feminina é marcante. Não apenas mudaram o ambiente profissional, como reorganizaram a vida doméstica, já que se dividem entre as várias jornadas. A vida precisou ser mais prática e os próprios projetos de condomínios e apartamentos deram uma resposta a essas demandas, criando espaços exclusivos para o autocuidado, ambientes para home office e estruturas para facilitar as rotinas diárias.
O pioneirismo feminino.
Esse novo cenário é o resultado de uma grande jornada de determinação e pioneirismo, de mulheres que não desistiram diante dos desafios impostos.
Ainda no século XIX, Elmina Wilson, Estado de Iowa, EUA, foi a primeira mulher a graduar-se em Engenharia Civil, assim como foi a primeira a lecionar na Universidade, abrindo caminho para outras mulheres.
Outra norte-americana, Emily Roebling, foi a principal responsável pela construção da Ponte do Brooklyn, em Nova Iorque. Uma obra icônica da engenharia americana, inaugurada em 1883.
São exemplos muito contundentes da tenacidade feminina, força e resistência, além de comprovarem competência, derrubando verdadeiros tabus e criando uma nova ordem cultural.
No Brasil, também temos exemplos de extrema relevância, como Enedina Alves Marques, que participou da construção da Usina que leva o nome do Governador Pedro Viriato Parigot de Souza. É a maior central hidrelétrica subterrânea do sul do país. Cabe salientar que Enedina, formada em 1945, era filha de escravos, que chegaram em Curitiba, durante o êxodo pós-abolição.
Pioneirismo, modernidade e ousadia, estão presentes na obra de Lina Bo Bardi. A arquiteta ítalo-brasileira tem em seu currículo o MASP – Museu de Arte de São Paulo, SESC Fábrica Pompéia e Casa de Vidro. Marcos do modernismo no Brasil.
Não se trata apenas do fato de serem mulheres atuando na construção civil, mas à qualidade das suas intervenções, que geraram mudanças positivas e estabeleceram novos rumos. Este é o principal aspecto a ser pontuado no Dia da Mulher.
Como estão as mulheres nas estatísticas da construção civil
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 200 mil mulheres atuam no segmento da construção civil, com carteira assinada. Um crescimento significativo, pois ultrapassa o índice de 120%, se considerarmos o ano de 2007 como referência.
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), também verifica um aumento crescente do número de registros profissionais, ano a ano, com a marca de 42%. Hoje são mais de 190 mil mulheres inscritas no Conselho.
A realidade da Construtora Nossolar
As mulheres são presença marcante e fundamental na estrutura da Construtora Nossolar. Fazer uma homenagem no Dia da Mulher não é uma tarefa difícil porque somos o resultado de uma experiência de convivência repleta de trocas e aprendizados, que alimentam nossas estruturas.
Somos Renata da Costa, sócia da empresa, somos as arquitetas Mariko Yamauti e Viviane de Mello, somos Márcia Lúcia, engenheira, somos muitas: as secretárias Carolina Moreira e Laryssa Rodrigues, a corretora de imóveis Ellen Christina, a gestora de RH Hellen Vieira, a financeira, Roseli Dos Santos, a auxiliar de escritório Ingrid Pereira e continuaremos sendo muitas.
